quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Fascínio pela Dança.


A dança é a linguagem artística que utiliza o corpo e seus movimentos a fi m de expressar sentimentos e sensações. Podemos afi rmar que a dança está intrinsecamente ligada ao modo como entendemos os limites e possibilidades do corpo humano. Entretanto, muito mais do que uma linguagem natural ou espontânea, a dança sempre se relaciona com o contexto histórico-social em que ela se dá. Os diferentes tipos de dança refl etem e recriam os valores que damos à beleza do corpo humano. Esses valores podem se manifestar no respeito às diferenças ou em atitudes preconceituosas em relação a corpos que não condizem com determinado padrão de beleza.

domingo, 5 de setembro de 2010

Dança Africana.


A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre uma atividade grupal. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Em ocasiões importantes, danças de rituais podem ser realizadas por bailarinos profissionais. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses, uma colheita farta. As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas características em comum. Os participantes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam sós ou em par.

As danças chegam a apresentar algumas vezes até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar o corpo com tinta para tornar seus movimentos mais expressivos.

As danças em Marrocos usam normalmente uma repetição e um constante crescimento da música e de movimentos, criando um efeito hipnótico no dançarino e no espectador. Entre elas destacam-se a Ahouach, Guedra, Gnawa e Schikatt.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quem inventou que dançar é sinônimo de coisa ruim?


Esse uso indevido do verbo "dançar" para definir coisas ruins também terá o mesmo destino de outras gírias : o esquecimento. Mas até lá estará nos causando grandes estragos e prejuízos por vezes imperceptíveis.

Com brilhante percepção, foi de Jaime Arôxa, durante palestra no recente DanSul, em Curitiba, o primeiro alerta contra uma expressão que trabalha contra a dança, de qualquer gênero: o uso incorreto e, mais do que isso, prejudicial ao mercado em qualquer sentido, do termo “dançar” como sinônimo de algo ruim que possa acontecer a alguém em determinada circunstância.
O time perde no futebol, por exemplo, e lá vem a frase: “meu time dançou!” Algo sai errado no trabalho e alguém decreta: “dançamos!” O sujeito perde o emprego e lamenta: “dancei!”
O que Jaime Arôxa observa, com toda razão, é a associação consciente ou inconsciente que as pessoas começam a fazer da dança com coisas ruins, negativas. A preocupação principal recai sobre as crianças. O que poderão pensar quando alguém sugerir que dancem em alguma festinha ou entrem numa academia? Incutindo essa idéia preconceituosa e nefasta de que dança é algo ameaçador, como poderão as crianças acreditar que a realidade é exatamente o contrário, a dança só fará bem a elas? Convenhamos, quem inventou isso não tinha a mínima noção do que estava falando. Quem repete, também.
É muito difícil, senão impossível, detectar a origem de determinados termos que entram na linguagem cotidiana das pessoas. Mas a contribuição da TV passou a ser muito forte, pela repetição e principalmente nos programas humorísticos. Quase todas as gírias, depois de algum tempo, se esgotam, vão sendo substituídas e desaparecem. Hoje, por exemplo, soa esquisito quando alguém ainda usa “cafona”. Num blog que freqüento, do meu amigo jornalista Edward de Souza, de Franca, uma senhora se referiu à foto de um amigo nosso chamando-o de “pão”. Foi o suficiente para virar alvo das brincadeiras de todos, pois assim entregou sua faixa etária e mostrou estar defasada no uso do vernáculo.
Esse uso indevido do verbo “dançar” para definir coisas ruins também terá o mesmo destino de outra gírias: o esquecimento. Isso é certeza. Mas até lá estará nos causando grandes estragos e prejuízos por vezes imperceptíveis. Para apressar sua morte é preciso que todas as pessoas que praticam e amam a dança primeiro o excluam do seu próprio vocabulário. Sei que é difícil, pois está de tal forma impregnado no cérebro que eu mesmo já me peguei cometendo esse pecado. É involuntário, quando a gente percebe já falou. A única maneira de bani-lo será fazendo uma autocensura, ou seja, conscientizando-se que comete uma gafe cada vez que repete esse horror. Sem exercitar essa rejeição, nós próprios, dançarinos e simpatizantes, estaremos trabalhando contra a dança se acharmos que está tudo bem e isso não tem a menor importância.
Ora, se até nós, que defendemos e pregamos as virtudes da dança em tempo integral somos capazes de cometer a heresia, o que esperar de quem está de fora e se lixando para nossa pregação e ideais?
Além de banir essa conotação negativa do nosso próprio linguajar, seria interessante que cada pessoa que tenha algum tipo de envolvimento e compromisso com a dança questione seu interlocutor sempre que ouvir isso. Não estou sugerindo que se torne um mala e arrume encrenca. Calma lá! O contraditório pode muito bem ser exercido com serenidade e bom humor. Nada de agressividade. Basta dizer algo do tipo “amigo, você tem toda a razão e estou solidário, mas deixe a dança fora disso”. Sugerindo, em seguida, que a dança é sempre fonte de soluções e jamais de problemas. Cada pessoa que você conquistar para nossa causa, com simpatia, deixará de ser um agente propagador desse falso e inconsequente conceito.

DANÇAS POPULARES BRASILEIRAS



BATUQUE
É a dança de roda onde os africanos mostravam a sua cultura - foi o tronco principal no que diz respeito à formação da música popular brasileira com toda a sua diversidade e variações que se espalharam nas áreas urbanas e rurais, sob vários nomes e estilos próprios.

SAMBA DE PARTIDO ALTO
Segundo velhos sambistas, a expressão "partido alto" provém da alta dignidade desse samba. Gênero de samba muito próximo do batuque africano, e cultivado na cidade do Rio de Janeiro desde o fim do séc. XIX por grupos de negros já urbanizados. É dança de umbigada, com ritmo marcado por palmas, prato de cozinha raspado com faca, chocalho e outros instrumentos de percussão, e, às vezes, acompanhada pelo violão e pelo cavaquinho.
SAMBA DE RODA
É uma dança que os negros do Congo e de Angola trouxeram para o Brasil e consiste em geral de se fazer uma grande roda em cujo centro um só dançarino ou par, faz evoluções e depois de muitos requebros da uma umbigada em outro dançarino de sexo diferente, que vai por sua vez para o centro, e assim sucessivamente.
BAIANO
Antiga dança folclórica do Nordeste brasileiro, uma espécie regional do lundu. A princípio, era executado por um só individuo ou um ou dois pares, que iam ao centro de um em um. A substituição dos solistas podia ser feita por meio de umbigada, ao som de castanholas, cumprimentos ou acenos de mão, ou ainda, jogando-se o "lenço da sorte".
O baiano (ou baião) em sua forma antiga é encontrado em nossos dias como dança e música no Bumba-meu-boi, nos solos de personagens como Mateus e Fidélis, sendo Pernambuco o seu grande reduto.
FREVO
A palavra Frevo, derivada de frever (ferver) designa a dança carnavalesca de rua e de salão, essencialmente rítmica, em compasso binário e andamento mais rápido que o da marchinha carioca, e na qual os dançarinos (passistas) executam coreografia individual, improvisada e frenética. É uma dança brasileira, originária do Nordeste do país.
QUILOMBO
Folguedo, usado no interior de AL durante o Natal, em que dois grupos numerosos, figurando negros fugidos e índios, vestidos a caráter e armados de compridas espadas e terçados, lutam pela posse da rainha índia, acabando a função pela derrota dos negros vendidos aos espectadores como escravos; toré, torém.
LUNDU
Dança de origem africana que teve seu esplendor no Brasil em fins do séc. XVIII e começo do séc. XIX. Dos meados do séc. XIX em diante, canção solista, influenciada pelo lirismo da modinha e freqüentemente de caráter cômico.
XAXADO
O nome provém do som que os sapatos faziam no chão ao se dançar; é uma dança do agreste e sertão pernambucano, bailada somente por homens, que remonta da década de 20. Tornou-se popular pelos cangaceiros do grupo de Lampião.
COCO
Dança popular de roda do norte e nordeste do Brasil, originária de Alagoas, acompanhada de canto e percussão. Acredita-se que tenha nascido nas praias, daí o seu nome. O ritmo sofreu várias alterações com o aparecimento do baião nas caatingas e agreste. Como compositor que popularizou o ritmo podemos citar Jackson do Pandeiro.
CONGO
Dança dramática de origem africana, que se realiza de preferência pelo Natal, pela festa de Nossa Senhora do Rosário, e pela de São Benedito na região Norte e Nordeste do Brasil.
CONGADA
Bailado dramático em que os figurantes representam, entre cantos e danças, a coroação de um rei do Congo; congado.
MOÇAMBIQUE
Bailado guerreiro de origem negra, sem enredo, ao som de instrumentos de percussão, semelhante às danças de combate das congadas, e no qual o ritmo é marcado com entrechoques de bastões. Comum nos estados brasileiros de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
PAU-DE-FITA
Baile de roda em torno de um poste de que pendem várias fitas coloridas, as quais, seguras pelos dançarinos, se entretecem, formando complicadas tranças. Populares nas estados brasileiros do Paraná e Santa Catarina. Para ver mais
BUMBA-MEU-BOI
No Brasil de norte a sul encontramos a brincadeira de boi (boi fingido), conforme a região estes possuem características e nomes distintos.
É um bailado popular brasileiro, cômico-dramático, organizado em cortejo, com personagens humanos (Pai Francisco, Mateus, Bastião, Arlequim, Catirina, Capitão Boca-Mole, etc.), animais (o Boi, a Ema, a Cobra, o Cavalo-Marinho, etc.) e fantásticos (a Caipora, o Diabo, o Morto-Carregando-o-Vivo, o Babau, o Jaraguá, etc.), cujas peripécias giram em torno da morte e ressurreição do boi. São palavras sinônimas: boi, boi-bumbá, boi-calemba, boi-calumba, boi-de-mamão, boi-de-melão, boi-melão, boi-de-reis, boi-pintadinho, boi-surubi(m), boizinho, bumba, bumba-boi, cavalo-marinho, rei-de-boi, reis-de-boi, reisado cearense. (Dic. Aurélio).
Exemplos de Bois:
Boi-de-mamão é uma das manifestações mais significativas da cultura popular catarinense. Está presente nos municípios do litoral e principalmente em Florianópolis, Capital de Santa Catarina, onde concentra o maior número de grupos. Para ver mais
Boi-de-orquestra
Bumba-meu-boi mais recente e de música faceira, cabriolante; boi-de-matraca. Pertencente ao folclore do Maranhão - Brasil.
Boi-de-zabumba
Bumba-meu-boi de ritmo mais lento, apoiando-se em grandes tambores enfiados em varas que dois homens carregam, e o músico caminha ao lado, batendo-lhe com um macete. Folclore do Maranhão - Brasil.
CARIMBÓ
Palavra de origem africana refere-se a uma Dança de roda do litoral paraense. É música folclórica da Ilha de Marajó desde o século XIX.
BALAIO

Antiga dança, espécie de fandango, introduzida no Rio Grande do Sul - Brasil pelos açorianos.

TODAS AS DANÇAS